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terça-feira, 29 de setembro de 2009

PARA MOSTRAR SEU TRABALHO E TALENTO


O edital Nós na Tela, do Ministério da Cultura, recebe inscrições de projetos de curtas-metragens nos gêneros Documentário e Telerreportagem. A seguir, entenda melhor as diferenças e aproximações entre essas duas modalidades.

http://www.telabr.com.br/noticias/2009/09/28/modelo-de-orcamento/

Por Henry Grazinoli
do Portal Tela Brasil

Existem algumas semelhanças e algumas diferenças entre fazer um documentário e fazer uma telerreportagem. A primeira delas está relacionada à forma, à maneira escolhida pelo realizador do filme para narrar um evento, contar uma história ou passar uma informação.

A telerreportagem apresenta um formato consagrado: um repórter, com seu microfone, sai a campo para apurar fatos e fazer entrevistas, sempre acompanhado de um operador de câmera, que registra imagens que possam ilustrar o tema da reportagem. Além de entrevistas, normalmente o repórter grava uma narração, passando informações e contextualizando o acontecimento para o espectador.

No documentário, não existe forma consagrada. Ao contrário, ele oferece uma vasta possibilidade de experimentação de linguagem. Na história do cinema, o documentário ocupa uma posição de destaque, sendo muitas vezes responsável por verdadadeiras revoluções na estética audiovisual.

Outra diferença importante entre o documentário e a telerreportagem é a maneira como cada formato lida com a informação, com a verdade. No caso da telerreportagem, a verdade factual é um elemento muito importante. Não é desejável que o repórter dê sua opinião sobre o fato retratado. O realizador de telerreportagens precisa fazer uma apuração cuidadosa dos fatos que serão objeto de sua matéria. Sua função é transmitir a “maior verdade possível”, com imparcialidade e distanciamento.

No documentário, a subjetividade do realizador está mais presente. Claro que é necessário dominar o tema de que trata o filme. Mas, nesse caso, mais importante que a verdade factual é o ponto de vista do documentarista. Através dos enquadramentos, da montagem, do som e da edição das entrevistas (caso haja entrevistas no doc), o realizador vai oferecer ao espectador sua maneira particular de olhar o tema.

Vale lembrar que, para a criação de obras audiovisuais – assim como para a criação de qualquer coisa -, as regras existem para serem quebradas. Por isso, essas breves definições não podem ser encaradas como verdades absolutas. Sempre existe a possibilidade de misturar linguagens, de inventar coisas novas. Mas, para compreender o que cada formato pode oferecer à imaginação, é importante conhecê-los muito bem.

Fica uma dica: assistir a muita telerreportagem e fazer uma pesquisa sobre documentário (assistindo a muitos docs também). Depois, escolher uma abordagem dentro do tema dado pelo edital (Cultura e Transformação Social) e soltar a criatividade

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